São 2 horas da tarde, são 4hs da tarde e já são 8hs da noite.
Você está enclausurado em sua casa, sem templo interiior, preso, chaves no cadeado, olhos sempre nas portas e janelas. É o medo que prevalece, e onde existe medo não existe paz. Mas medo de que? Medo de sair a rua, medo de anadar sozinho, medo de passar naquela esquina, naquela rua, de sair após as 20hs. Eis a liberdade que conseguimos, ser prisioneiros no mundo que herdamos, cheio de pessoas desconfiadas em um lado, rezando apenas para chegar em casa do seu trabalho e não ser assaltado no caminho ou no portão de casa. A violência prevalece cada vez mais no mundo em que vivemos, e os princípios são questionáveis. Direito de ir e vir? Isso só existe no mundo da fantasia, a verdade é que somos escravos de nossas próprias desgraças cotidianas, nascemos numa prisão, procriamos numa prisão, vivemos numa prisão. Quem foi que inventou essa ideia tola de liberdade, e esqueceu de nos explicar o seu real sentido? As pessoas vivem apenas tentando permanecer vivas, algumas apenas existem, outras se questionam e questionam as coisas que a maioria faz de conta não existir. Essas pessoas são conformadas com a vida que a vida tem lhes proporcionado, mais existem pessoas que esperam algo mais da vida… Há algo de anormal nisso, mais o que é anormal mesmo é todos viverem anestesiados achando que são livres e tentando apenas impressionar uns aos outros como idiotas.
Por Adriano Uriel S dos Santos
(As grades do condomínio são pra trazer proteção mais também trazem a dúvida se é você quem tá nessa prisão… O Rappa – Minha Alma)